O Câncer de Próstata é um tumor localizado abaixo da bexiga e envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Na maioria dos casos esse tipo de câncer atinge homens a partir dos 60 anos, mas independentemente da idade é importante ficar atento aos fatores de risco e fazer exames periódicos que ajudam a identificar a doença ainda na fase inicial. O fator de risco mais comum é o histórico familiar, mas a principal causa do câncer de próstata é desconhecida. Nos últimos anos, os pesquisadores descobriram alguns elementos agravantes que tornam as células prostáticas cancerosas, como: Influência dos genes BRCA1 e BRCA2, mutações genéticas adquiridas, alimentação e outros. As informações genéticas contidas no nosso DNA são responsáveis por coordenarem o desenvolvimento e funcionamento de cada célula. Os genes que promovem essa divisão celular e causam o surgimento de tumores, tanto benignos quanto malignos, são chamados de oncogenes. Já os que retardam a divisão celular, reparam erros do DNA ou matam as células no momento certo, são chamados de genes supressores de tumores. O câncer de próstata pode ser causado por mutações nos proto-oncogenes que se transformam em oncogenes fazendo com que a célula se multiplique de forma descontrolada e resulte em um tumor.
Influência dos genes BRCA1 e BRCA 2
A função dos genes BRCA1 e BRCA2 é ajudar a suprimir o aparecimento de tumores através da reparação de moléculas de DNA danificadas . Contudo, as mutações nesses genes impedem que a sua função seja executada, aumentando o risco de câncer de próstata. Com base em pesquisas foi identificado que homens com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 possuem risco de desenvolver câncer de próstata aumentado. O perigo de câncer de próstata em portadores de mutação em BRCA1 foi de 20%, enquanto os portadores de mutação em BRCA2 foi de 9,5%. As mutações desses genes em mulheres estão associados ao câncer de mama e ovário. Logo, a mutação em BRCA1 e BRCA2 (em particular) pode ser um fator clínico que ajuda a identificar pacientes de alto risco e fornece estratégias clínicas para o tratamento precoce ou prevenção.
Mutações genéticas adquiridas
As mutações que ocorrem ao longo da vida e que são encontradas apenas em células que vêm das células mutantes originais são chamadas de mutações genéticas adquiridas. A maioria das mutações genéticas associadas ao câncer de próstata adquiridas ao longo da vida ocorre em função de um erro na formação de novas células, ou seja, essa formação nem sempre é perfeita. Quando uma célula se divide para formar duas novas células, às vezes ocorrem erros deixando o DNA defeituoso. Como as células da próstata crescem e se dividem mais rapidamente, a probabilidade de sofrerem mutações é maior. Não se sabe com que frequência isso acontece e de que forma são influenciadas por outros fatores, como a dieta e hormônios.
Alimentação
Alguns casos de câncer de próstata estão ligados ao excesso de gordura corporal: Obesidade, sedentarismo dietas pobres em legumes, verduras e frutas. Essas condições aumentam o risco de pacientes com cânceres mais agressivos. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), alimentos com uma concentração maior de gordura fornecem ambiente propício que uma célula cancerosa precisa para crescer, se multiplicar e se difundir
Pesquisas Científicas
Outro fator que pode estar ligado ao desenvolvimento do câncer de próstata são os níveis elevados de hormônios masculinos, como a testosterona. Eles estimulam o crescimento celular da próstata e podem elevar o risco de tumor em alguns homens.
Os estudos ainda são divididos. Alguns mostram que homens com níveis elevados do fator de crescimento insulina tipo 1 (IGF-1) são mais propensos ao câncer de próstata. Contudo, outros estudos não identificaram ligação entre o fator de crescimento semelhante a insulina tipo 1 e o tumor.